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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Dicas de Sites

Formação Continuada
http://www.mundoeducacao.com/educacao/a-importancia-formacao-continua.htm


A importância da formação contínua





      Quando se refere à formação continuada, são enfatizados os seguintes aspectos do profissional: a formação, a profissão, a avaliação e as competências que cabem ao profissional. 
       O educador que está sempre em busca de uma formação contínua, bem como a evolução de suas competências tende a ampliar o seu campo de trabalho. 
       Segundo o estudioso Philippe Perrenoud, a formação profissional contínua se organiza em determinadas áreas prioritárias. Dentre elas estão as competências básicas que cabem ao educador.           Refere - se como áreas de competências, devido cada uma delas abordar várias competências. Veja as dez grandes áreas de competências segundo Perrenoud: 

Competências de referência
Competências mais específicas a serem trabalhadas em formação contínua (exemplos) 

1. Organizar e animar situações de aprendizagem
• Conhecer, em uma determinada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em objetivos de aprendizagem. 

• Trabalhar a partir das representações dos alunos. 

• Trabalhar a partir dos erros e obstáculos à aprendizagem. 

• Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas. 

• Comprometer os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento. 
2. Gerir a progressão das aprendizagens • Conceber e gerir situações-problema ajustadas aos níveis e possibilidades dos alunos. 

• Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino primário. 

• Estabelecer laços com teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. 

• Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, segundo uma abordagem formativa. 

• Estabelecer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão. 

3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação • Gerir a heterogeneidade dentro de uma classe. 

• Ampliar a gestão da classe para um espaço mais vasto. 

• Praticar o apoio integrado, trabalhar com alunos em grande dificuldade. 

• Desenvolver a cooperação entre alunos e certas formas simples de ensino mútuo. 

4. Implicar os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho • Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com os conhecimentos, o sentido do trabalho escolar e desenvolver a capacidade de auto-avaliação na criança. 

• Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou da escola) e negociar com os alunos diversos tipos de regras e contratos. 
• Oferecer atividades de formação opcionais, a La carte. 

• Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno. 
5. Trabalhar em equipe • Elaborar um projeto de equipe, representações comuns. 

• Animar um grupo de trabalho, conduzir reuniões. 
• Formar e renovar uma equipe pedagógica. 

• Confrontar e analisar juntos situações complexas, práticas e problemas profissionais. 

• Administrar crises ou conflitos entre pessoas. 
6. Participar da gestão da escola • Elaborar, negociar um projeto da escola. 

• Gerir os recursos da escola. 

• Coordenar, animar uma escola com todos os parceiros (bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de origem). 

• Organizar e fazer evoluir, dentro da escola, a participação dos alunos. 
7. Informar e implicar os pais • Animar reuniões de informação e de debate. 
• Conduzir entrevistas. 

• Implicar os pais na valorização da construção dos conhecimentos. 
8. Utilizar tecnologias novas • Utilizar softwares de edição de documentos. 

• Explorar as potencialidades didáticas dos softwares em relação aos objetivos das áreas de ensino. 

• Promover a comunicação à distância através da telemática. 

• Utilizar instrumentos multimídia no ensino. 
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão 
• Prevenir a violência na escola e na cidade. 

• Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais. 

• Participar da implantação de regras da vida comum envolvendo a disciplina na escola, as sanções e a apreciação de condutas. 

• Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em classe. 

• Desenvolver o sentido de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça. 
10. Gerir sua própria formação contínua 

• Saber explicitar as próprias práticas 

• Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua. 

• Negociar um projeto de formação comum com colegas (equipe, escola, rede). 

• Envolver-se nas tarefas na escala de um tipo de ensino ou do DIP. 

• Acolher e participar da formação dos colegas. 

Sugere-se que cada educador tenha consciência do nível de competências em que se encontra, realizando uma auto avaliação, o que irá resultar em uma grande evolução na sua função como educador.

Formação Continuada

http://www.mundoeducacao.com/educacao/a-importancia-formacao-continua.htm

Aula em Power Point - Vidas Secas, de Graciliano Ramos.




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Vidas secas, de Graciliano Ramos [em PPT]






Intertextualizando: Obra: Vidas secas, de Graciliano Ramos x Música: Súplica Cearense, de 1963


Súplica Cearense, de 1963
mais conhecido como Gordurinha.

Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol
arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,

Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se
arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=l-76V2ego6U; Acesso em: 10 de agosto de 2013
Interpretação:Falamansa.

Intertextualizando: Obra: Vidas secas, de Graciliano Ramos x Música: Segue o Seco, de 2007






Segue o Seco, de 2007
Marisa Monte

Compositor: Carlinhos Brown

A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem secar que o
caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você

Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o
desabotado do céu
Pode ser coco derramado

Acesso: 10 de agosto de 2013.

Intertextualizando: Obra: Vidas Secas, de Garciliano Ramos X Música: Último Pau-de-Arara


Último Pau-de-Arara
Composição: Venâncio/Corumbá/J.Guimarães

A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara, meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara


Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude

Quem sai da terra natal


Em outro canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui

Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

Vidas secas, de Graciliano Ramos - 2ª Fase do Modernismo.

1º Passo: Apresentação da obra; Análise da narrativa

Obra composta por  13 capítulos.
1º Mudança
2º Fabiano
3º Cadeia
SinháVitória
5º O menino Mais Velho
6º O Menino Mais Novo
7º Inverno
8º Festa
9º Baleia
10º Contas
11º O soldado Amarelo
12º O mundo coberto de penas
13º Fuga 
 Qual será o motivo da FUGA?

ØPublicado em 1938
ØContexto histórico: Era Vargas
ØRelação com o contexto [-Romance de 30, resgate do realismo do século XIX; análise crítica dos  problemas sociais, psicológicos relacionados a realidade brasileira].
ØNarrador - 3ª pessoa
ØTécnica do discurso indireto livre

Em Vidas secas – existem 2 mundos:
1º mundo:
Fabiano - ZOOMORFIZAÇÃO (animalização)
Vaqueiro honesto com grandes dificuldades linguísticas, bruto, selvagem.
Ambiguidade, homem ou bicho?

Sinha Vitória – Sofrida, sonhadora e inteligente [percebe que as contas do patrão estão erradas].

Cachorra Baleia – ANTROPOMORFIZAÇÃO (é uma forma de pensamento que atribui características ou aspectos humanos).
Membro da família, pensa, sonha e age como gente.
“Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração”. p. 90
Papagaio- Vira refeição, não sabia falar. Latia.

Menino Mais Velho - Curioso e não tem noção da miséria em que vive.
  “Como não sabia falar direito, o menino balbuciava expressões complicadas, repetia silabas, imitava os berros dos animais, o barulho do vento, o som dos galhos que rangiam na catinga, roçando-se”. p.59

Menino Mais Novo – Sofrida, enxerga em seu pai um verdadeiro herói.
“Naquele momento Fabiano lhe causava grande admiração”.
p. 47


2º mundo:
Seu Tomás da Bolandeira – Status econômico de segurança e conforto; significa cultura e a educação que Fabiano jamais poderá possui.
- Só aparece nas lembranças. É muito idolatrado por Fabiano e Sinha Vitória.

O Patrão de Fabiano - Possui terras e o dinheiro, emprega os trabalhos sob o regime escravo, sem direito a nada.
- Opressor, fazendeiro desonesto que explora seus empregados.

O Soldado Amarelo - simboliza o governo [Era Vargas].
- Corrupto, simboliza a repressão e autoritarismo da Era Vargas.

Seu Inácio – Dono do bar.
- Coloca água na cachaça para assim ganhar mais dinheiro.


Qual a relação entre os dois mundos?
- Todos sofrem com a seca.

- Entre os dois mundos não há um sistema de troca, apenas, um mecanismo de OPRESSÃO E BLOQUEIO.
- O bloqueio entre os dois grupos  é unidirecional, e o mecanismo de opressão funciona de cima para baixo.


O que une os episódios no livro?
A utilização de vários motivos recorrente:

* a paisagem árida;
* a zoomorfização e antropomorfização das criaturas;
* os pensamentos fragmentados dos personagens e,
* os consequentemente problemas de linguagem;
* seu Tomás da Bolandeira;
* a cama de varas de Sinha Vitória etc.


Repensando os dois grupos em níveis de hierarquia – unilateral.

1º Grupo

Os sem poder – Fabiano, Vitória e os participantes do bumba meu boi.

3º Grupo
Prisioneiro, jagunços  - representa uma ameaça estabilidade.



Grupo
Pode econômico – o fazendeiro
Poder  civil – o prefeito
Poder militar – os soldados.

Poder religioso – o padre e a igreja.

O bando representa um grupo que está fora da hierarquia de poder e uma ameaça à sua 
estabilidade. É nesse ponto que o  diretor  se vale de sua liberdade criativa para transformar, 
por coerência ideológica, um dos elementos do texto original.

Tempo:
 ATEMPORAL - não há objetos que permitam precisar o tempo
cronológico em que decorre a narrativa, a não ser que os
acontecimentos vividos pela família se desenrolem  entre duas
secas.

Espaço:
Sertão Nordestino.

Ambiente:
Um ambiente sem sentimentalismo por viverem em um espaço
que não lhes é oferecida boas condições de vida.

Tema:
Injustiça social.

Assunto:
Denúncia social

Mensagem:
A seca não está apenas no sertão, mas na alma de muitos e na
falta de ações dos outros.



Curiosidades
Ø O livro circulou em território estrangeiro durante um bom tempo, sendo primeiramente lançado na Polônia e depois na Argentina, seguida por República Tcheca, Rússia, Itália, Portugal, França, Espanha e em outros. No Brasil, encontra-se em sua centésima sexta edição.

ØEm 1962,  ganhou o prêmio da Fundação William Faulkner (Estados Unidos) como livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea.

ØTambém conquistou um enorme público, tendo vendido até então mais de um milhão e meio de exemplares, enquanto, ocasionalmente, é leitura obrigatória em vestibulares da USP, da PUC, da UFBA e da UEPA.

ØO cineasta Nelson Pereira dos Santos realizou uma bem-sucedida versão homônima de Vidas Secas em 1963, reforçando aspectos atuais do país.

ØO romance originalmente se chamaria "O Mundo Coberto de Penas", título do penúltimo capítulo, em referências às penas negras dos corvos cobrindo o chão seco. O texto original está grafado assim. Porém o próprio Graciliano Ramos riscou o título original e escreveu à mão "Vidas Secas".

 ØO romance também teve um nome alternativo, vidas molhadas, por conta da ironia de Ramos.


2º Passo: Análise da obra; Intertextualização

Mensagem – “Vidas Secas”
A seca não está apenas no sertão, mas na alma de muitos e na falta de ações dos outros.


O sonho é o alívio das misérias
dos que as têm acordados.
                               (Miguel de Cervantes)


Técnica  do discurso indireto livre
Três tipos de discursos
I. Discurso direto
Verbos no presente do indicativo (fica, há).
Pontuação característica (travessão, dois pontos).
Exemplo:
- Onde estão os meus ingressos para o espetáculo de patinação? – perguntou Pedro.
- Estavam aqui ainda neste instante! – replicou Maria.

II. Discurso indireto
Verbos no pretérito imperfeito do indicativo (ficava, havia).
Ausência de pontuação característica.

Exemplo:
A mãe, impaciente, pediu a sua filha que fosse até lá.
Ela respondeu que estaria já dali a cinco minutos.

III. Discurso indireto livre
O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo.
Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.

Importante:
Vidas secas – Técnica do discurso indireto Livre
O uso do discurso indireto livre permite aproximar a voz do narrador à voz do personagem, dando a impressão de que são um só.
A narração ganha tom mais subjetivo, e o leitor tem acesso direto aos pensamentos do personagem.
os outros.

Para REFLETIR....

Para REFLETIR....